Comunidades Quilombolas

2 de jul. de 2015

   Desde que, o mundo se formou houve-se a necessidade do homem viver em grupos. Pequenas comunidades surgiram até se tornarem grandes centros. Tal necessidade não passou despercebida pelas pessoas que eram escravizadas. Daí surgiram as “Comunidades quilombolas” que eram aldeias secretas, geralmente no mato, em lugares preferencialmente inacessíveis, como o alto das montanhas e grutas, em que abrigavam escravos que fugiam das fazendas e das casas de família de seus senhores e se uniam em busca de um objetivo comum, ou seja, são grupos com identidade cultural própria e que se formaram por meio de um processo histórico que começou nos tempos da escravidão no Brasil, sendo dotadas de divisões e organização interna.
    Muitos escravos fugiam para essas comunidades em decorrência dos maus tratos e explorações que sofriam, pois ali os foragidos conseguiam ter uma vida livre. Essas comunidades mantêm forte ligação com sua história e trajetória, preservando costumes e cultura trazidos por seus antepassados.
    Tem-se conhecimento que existem comunidades quilombolas em pelo menos 24 estados do Brasil: Amazonas, Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Elas simbolizam a resistência a diferentes formas de dominação.
    Um dos quilombos mais famosos foi o Quilombo dos Palmares, que ficava na então capitania de Pernambuco, atualmente o estado brasileiro de Alagoas. Esse quilombo recebeu esse nome pois um escravo chamado Zumbi foi o grande líder da aldeia.
    Para imortalizar o feito foi instituído O Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, o qual é celebrado em 20 de novembro, fazendo portanto alusão à morte de Zumbi, o então líder do Quilombo dos Palmares, sendo este morto em 1695, por bandeirantes liderados por Domingos Jorge Velho. 
    Assim como nós nos dias atuais que temos nossos espaços pessoais, nossos costumes, nossos “territórios” e nossas leis que priorizam nossos direitos e deveres com os escravos não era diferente. Também existem nos dias atuais programas governamentais e não governamentais que buscam meios sociais (educação, alimentação, moradia e saúde) além de culturais para a preservação das comunidades quilombolas.

 “Decreto nº 4.887, de 20 de novembro de 2003, regulamenta o procedimento para identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos quilombos os grupos étnico-raciais, segundo critérios de autoatribuição, com trajetória histórica própria, dotados de relações territoriais específicas, com presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica sofrida”.
      Para complementar tudo o que aprendemos sobre as comunidades quilombolas, apresentamos um vídeo: 




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